Dois dos concursos mais esperados
este ano são os da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF),
cujas equipes serão aumentadas, para a vigilância de fronteiras, segundo o
Ministério do Planejamento. Área prioritária para o governo, em 2012, o
segmento de segurança pública oferece seleções que fazem crescer os olhos de
muita gente, principalmente devido aos salários generosos. Por conta disso, o
Boa Chance pediu a alguns especialistas que deem dicas para os candidatos.
Para ambas as seleções, as
disciplinas direito penal e direito processual penal são as que merecem
bastante cuidado, dizem professores, porque alicerçam e definem as diretrizes
das atribuições dos órgãos. Os candidatos precisam estar atentos às disciplinas
específicas que os editais apresentarem no conteúdo programático. Para a PRF,
por exemplo, legislação de trânsito é uma disciplina específica e que merece
muita atenção.
Com concurso autorizado pelo
Ministério do Planejamento, a PF abrirá, em fevereiro, edital para 1.200 vagas:
500 para agente e 100 para papiloscopista. Ambos os cargos têm remuneração
inicial de R$ 7.818, e exigem formação em nível superior, além de habilitação
(categoria B). As provas devem ser aplicadas em abril, e os cursos de formação
estão previstos para começar entre julho e agosto deste ano.
Já o edital da seleção para
delegado e perito, também da PF, será publicado em março ou abril, com 150
vagas para delegado, 100 para perito e 350 para escrivão. Tanto para delegado
quanto para perito, o salário inicial é de R$ 13.672. A expectativa é de que a
entidade organizadora do concurso da PF seja o Cespe/UnB, que tem um modelo de
questões baseado na marcação de “verdadeiro” ou “falso” para as afirmações.
- Nas provas do Cespe/UnB, cada
erro pode consumir uma ou mais questões certas - alerta Leonardo Pereira,
especialista em concursos do Instituto IOB. - Também é obrigatório conhecer de
perto as decisões recentes de tribunais superiores (STJ e STF) sobre temas
relacionados a disciplinas como direito penal, direito administrativo e constitucional.
Segundo Pereira, a PRF - que
costumava ter concursos conduzidos pelo Cespe/UnB - deve ter a Funrio como
instituição organizadora. A Funrio tem como características provas com elevado
grau de cobrança de língua portuguesa (compreensão de texto, análise sintática
etc.), de informática e bom conhecimento dos textos de legislação.
No âmbito das disciplinas gerais,
explica, língua portuguesa e informática devem dominar os programas de estudo.
No caso específico da PRF, língua portuguesa, raciocínio lógico e informática
compõem a lista das disciplinas que devem tomar mais atenção dos candidatos.
- Vale lembrar que este concurso
da PRF exige noções de primeiros socorros e de direção defensiva, matérias
muito raras nos demais certames - diz Pereira.
No caso do exame da PF, as
disciplinas de direito são o direito penal, direito processual penal, direito
constitucional, direito administrativo e a legislação penal especial, que
engloba os crimes hediondos, o tráfico de drogas, tortura, crimes de colarinho
branco, entre outros.
Segundo o professor Artur
Damasceno, do Curso Maxx, simultaneamente ao estudo, os candidatos para a
seleção da PF devem se preparar para as provas físicas. A recomendação é buscar
um acompanhamento profissional.
- As provas físicas costumam
compreender corrida, salto, barra, flexão e abdominal. No último edital para a
Polícia Federal, tivemos também a exigência da natação. Os tempos e repetições
variam de acordo com o concurso, apontados nos respectivos editais - diz
Damasceno.
Segundo João Lasmar, professor da
Academia do Concurso, a estimativa é que a relação candidato-vaga, em ambos os
concursos federais, fique entre 50 e 70:
- Não acredito que ocorra outro
fenômeno como foi o concurso de 2003/2004 da PRF, quando a relação
candidato-vaga ultrapassou os 166 - afirma Lasmar. - Além disso, se pensarmos
em números frios, poderíamos dizer que são proporções altas, mas, se lembrarmos
que essa proporção cai consideravelmente em relação ao número de candidatos
efetivamente preparados para a disputa, veremos que fica muito aquém de
concursos em áreas como engenharia e medicina.
- Eu sempre digo para os alunos
que eles devem estudar como se este fosse ser o último concurso na História do
Brasil e fazer a prova como se não representasse nada na sua vida, como se não
fosse o concurso que você realmente quer - diz Lasmar.
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